segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tempos de chuva





Eu sei que ainda mando em meu coração, mesmo que difícil e tardio decido quem entra aqui e quem já deve sair. Se for preciso guerrear a gente não foge, assume as responsabilidades e encara a guerra. Porque depois dela vem a paz. E tudo que pertubava os pensamentos durante o dia e os sonhos pela noite vai embora e a tranquilidade permance. Mas até quando um mar sem ondas é interessante? Porque no fim da noite somente o que continua a brilhar é o diamante que não está nos seus dedos mas dentro do próprio peito. Estando perto ou estando longe, não sabendo aonde está. Eu sei que estou querendo salvar o mundo e isso todo mundo também sabe. Mas eu queria alguém que pudesse me salvar. Em um dia desses de garoa fina em que não consigo ter esperanças nem fé suficiente para levantar da cama. Sozinha. O problema de tudo isso é que chega uma hora em que você cansa de mandar no seu coração, e gostaria que ele pudesse ser um pouco mais livre. Mas sabe que depois de cansado você acaba por se acostumar. Com a lógica de que 2 + 2 serão sempre quatro, e que a cada ação você tem a mesma reação digamos que "correta" para não se machucar. Agora parece que enquanto tudo isso acontece, todas as pessoas do mundo estão no hemisfério sul, enquanto você está só no hemisfério norte, aonde sempre faz frio e a neblina embaça sua visão. Por causa disso você não consegue enxergar Deus neste aspecto. Mas você sabe que ele está acima de todo universo e enxerga TUDO de lá. Só que agora a única coisa que eu queria era poder passar o dia vendo a chuva bater nessa janela esperando você chegar, pra me levar para o outro lado do mundo e salvar as minhas esperanças que estão escapando de dentro das minhas mãos. Mas eu continuo mandando em mim, e sei que devo sair para trabalhar mesmo sem fé. Mesmo com chuva, mesmo que tenha que ser sem você.

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